quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Curiosidades




- A ginástica rítmica , assim como o softbol, é umas das poucas modalidades olímpicas em que a disputa é restrita às mulheres.
- Na primeira competição de ginástica rítmica das Olimpíadas, em 1984, existia uma regra que proibia a atleta de deixar as alças do sutiã aparecerem. Caso isso acontecesse, elas perderiam pontos. A norma foi abolida logo nos jogos seguintes, em 1988, em Seul, na Coréia do Sul.
- A maior vencedora da história do esporte é a russa Alexandra Timoshenko, que ganhou dois ouros olímpicos: em 1988, em Seul, na Coréia do Sul, e em 1992, em Barcelona, na Espanha. A Rússia, aliás, é dona da maior hegemonia do esporte. Desde quando a competição por equipes começou a ser disputada em Olimpíadas, em 1996, nos Estados Unidos, o país subiu no lugar mais alto no pódio em duas ocasiões (de três no total): no ano 2000, em Sydney, na Austrália, e em 2004, em Atenas, na Grécia.
- Apesar de ter ficado apenas na oitava posição geral nas Olimpíadas de 2004, em Atenas, na Grécia, a seleção brasileira de ginástica rítmica chamou a atenção do público, que aplaudiu de pé a apresentação, no principal feito da história do esporte até hoje.



Projeto Social

A ginástica rítmica realiza muitos projetos sociais. Com o intuito de divulgar o esporte, que é pouco reconhecido no Brasil, cada vez mais lugares abrem espaços para a ginástica: clubes, instituições, associações e colégios. Como todo trabalho social, os projetos têm a intenção de redirecionar a vida das meninas, dando-lhes uma ocupação, um exercício diário, não deixando-as no ócio das ruas. A GR traz benefícios como: aprendizagem motora, responsabilidade, postura e graça. Na Bahia, os projetos já existem em Santo Antônio de Jesus, Valença, Camaçari, Feira de Santana (o que mais cresce) e Salvador.

É um esporte caro, os custos com aparelhos, roupas de treino, sapatilhas, collants, cursos e viagens para campeonatos são elevadíssimos, e por não ser um esporte popularizado e divulgado, o patrocínio é bastante raro. Mas essas dificuldades encontradas não desmotivam as meninas, só as fazem crescer e buscar forças para continuar. Um grande exemplo de garra e perseverança!
Extremamente relevante, é a dedicação, a disciplina e a responsabilidade que o esporte exige. Com o objetivo de se tornarem ginastas impecáveis e reconhecidas, as meninas acabam abdicando do lazer, da família e dos estudos. Paralelo a isso é o amor com que cada ginasta desenvolve sua série, como se toda "dor" relativa ao esporte - desde cair, se machucar, se contudir, a falta de tempo para sair, estudar, namorar - fossem recompensadas por apenas 1 min e 30 seg de uma série bem feita.

Visitamos uma equipe de ginástica em Salvador, cuja a treinadora Sílvia Sacramento do GYM CLUBE, disponibliza bolsas para as meninas que não podem financiar esse esporte. As garotas que conhecemos ,tem em torno de 14 anos e treinam normalmente 16 horas semanais (cinco vezes por semana). Porém, quando perto de campeonato, elas abrem mão dos finais de semana e feriados para se dedicarem ao treinamento, além de fazer uma dieta leve para estarem em forma e ter mais facilidade com os movimentos, obtendo assim maiores chances de boas colocações. Neste clube, as condições ainda não são decentes. Pela semana elas treinam numa sala normal de ballet, sem altura e com ventilador de teto, limitando alguns movimentos com os aparelhos. Apenas nos finais de semana e feriados, elas disponibilizam de um local decente para treinar, em dois colégios diferentes, com ginásio esportivo e por vezes se dão ao luxo de um tapete (que é a área de competição, um tapete 13m x 13m). Em alguns casos, é necessária a solidariedade das mães das meninas que tem melhores condições financeiras, ou até mesmo, do bolso da própria técnica.



SÍLVIA SACRAMENTO, treinadora que faz um trabalho excelente em Salvador.



LETÍCIA PEREIRA, 14 anos - Uma das beneficiadas com o projeto,apesar de ser novinha é uma ginasta muito responsável e competente.

PROJETO ESTRELA MENINA

O Projeto de Extensão denominado “Estrela Menina”, funciona nas instalações da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS.
Atende gratuitamente meninas entre 07 e 14 anos, que moram no entorno da Universidade, com atividades de Dança, Ballet, Ginástica Rítmica, Recreação entre outras, que são ministradas pelos acadêmicos do Curso de Licenciatura em Educação Física.
As 40 (quarenta) vagas que foram ofertadas para a comunidade foram preenchidas rapidamente e o projeto já conta com 51 crianças inscritas.
A Universidade tem um papel fundamental no Ensino, Pesquisa e Extensão dos conhecimentos nela produzidos que devem chegar à sociedade através de ações concretas que possibilitem maior aproximação da comunidade às atividades da Universidade.
Sob a coordenação da Professora Sílvia Sacramento, o Estrela Menina tem como principal objetivo popularizar a prática da Ginástica Rítmica entre crianças e adolescentes.





Meninas beneficiadas pelo projeto Estrela Menina em momentos da aula, em uma das salas do curso de Educação Física na UEFS






O que é a Ginástica Rítmica?




A Ginástica Rítmica é uma atividade desportiva de infinitas possibilidades de movimentos corporais, realizados fluentemente em harmonia com a música e coordenados com o manejo dos aparelhos próprios desta modalidade olímpica, que são a corda, o arco, a bola, as maças e a fita. As apresentações podem ser individuais ou em conjunto (cinco ginastas ao mesmo tempo). Praticada apenas por mulheres, em nível de competição, pode ser iniciada em média aos 06 (seis) anos e não há idade limite para finalizar a prática deste desporto.

A Ginástica Rítmica desenvolve graça e beleza em movimentos criativos, que são traduzidos através de expressões pessoais e possui uma forma artística que proporciona prazer e satisfação estética aos que a assistem. As exigências de rendimento são altas, desde as categorias menores, e há um elevado grau de exatidão na realização de elementos complexos, o que obriga a ginasta a treinamentos intensos e diários.

Local:
Uma apresentação de ginástica rítmica acontece, normalmente, em um ginásio fechado, sobre um tablado quadrado de 13 x 13 m, que deve ser totalmente utilizado pelas competidoras durante a seqüência para uma melhor pontuação.

Técnicas:
Existem algumas regras básicas e gerais para uma apresentação de ginástica rítmica. Ao contrário do que acontece nas disciplinas artísticas, a graciosidade e a beleza dos movimentos das atletas também contam na avaliação dos juízes.

Além disso, as ginastas devem escolher bem a música de fundo, pois a interação dos movimentos com o som ambiente influencia para a pontuação. Nas apresentações em conjunto, também contam a sincronia e o entrosamento das ginastas.

A parte técnica da avaliação, porém, não é tão simples. Existem alguns movimentos básicos de corpo e feitos tambem com os aparelhos, como a flexibilidade, os equilíbrios, os saltos e os pivots (giros). Esses movimentos básicos, no entanto, unem-se a outros, de acordo com o equipamento específico utilizado na apresentação.

Com a corda, elas normalmente fazem círculos, balanceios, figuras no ar (geralmente na forma de um “oito”), lançamentos e recuperações do aparelho. Com a bola, o peso do equipamento faz com que o próprio corpo da ginasta se torne a principal forma de pontuação. São comuns rolamentos com a bola no chão. Com as maças, os mais comuns são os círculos no ar, os molinetes, as batidas rítmicas, os lançamentos e capturas. No arco, a preferência são os rolamentos e as rotações do aparelho no corpo da ginasta, que podem acontecer nas mãos, nas pernas, no pescoço, na cintura, entre outros locais.

OS APARELHOS


Arco: O arco define um espaço. Esse espaço é usado plenamente pela ginasta, que deve mover-se de acordo com o círculo formado. Os elementos corporais principais do arco são os saltos, flex, pivots e equilíbrios. E a principal exigência desse aparelho é a boa coordenação de movimentos.





Maças: A ginasta usa as maças para executar rolamentos, círculos, curvas, molinetes e formar o número máximo possível de figuras assimétricas. Exercícios com as maças requerem alto grau de rítmo, a ginasta movimenta elas de forma que acompanhem a música. Tem como elemento preferencial o equlíbrio.


Bola: Único aparelho que não é permitido segurar, a bola deve estar em permanente movimento pelo corpo ou em equilíbrio. Lançamentos com controle e recuperações com precisão são elementos dinâmicos que valorizam a série da ginasta. Tem como elemento preferencial a flexibilidade.






Corda: Os elementos podem ser realizados com a corda aberta ou dobrada de diferentes formas.As ginastas lançam e recuperam a corda executando saltos, giros, ondulações e equilíbrio. E o tamanho da corda é proporcional à altura da ginasta. Tem como elemento preferencial os saltos.





Fita: O material que produz o melhor efeito visual. Com a fita, as ginastas costumam realizar desenhos no ar, balanceios, espirais, serpentinas, lançamentos e recuperações. A regra importante, neste aparelho, é a obrigatoriedade da constante movimentação da fita. Tem como elemento preferencial os pivots (giros).